• CLAIÔ

CLAIÔ

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Sinopse

Antônio Claiô — líder comunitário e político em ascensão — é encontrado morto com um tiro no peito. A arma está ao lado do corpo. Tudo indica um suicídio. A morte de Claiô, porém, é extremamente benéfica para a rica família Matta: os oligarcas da cidade. Disputas políticas, jurídicas e financeiras serão resolvidas de imediato com a morte misteriosa do indígena. Rodrigo Geborte e Ernandes Lima são os policiais responsáveis por fazer a investigação. Rodrigo é um homem culto e depressivo; Ernandes, brincalhão e extravagante. Em busca da verdade, se foi suicídio, se foi assassinato, ambos os policiais mergulham na intimidade da família Matta e nas entranhas da própria cidade, que se torna então uma personagem — e metonímia do próprio Brasil.

Genocídio de povos originários levado a cabo por poderosos plutocratas. Especulação imobiliária a despeito de posses ancestrais de terra. Literatura e filosofia como motores para desvendar os mais baixos crimes. Bares solípticos, e cheios de hospitalidade; salas de clãs respeitáveis, e cheirando a assassinatos. Vaquejadas espetaculares com sujeitos brutos e milionários. Enfim, a cidade sob uma ótica nunca vista.

Neste romance policial, que se apropria e renova as convenções do gênero e foi um dos vencedores do IX Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, encontramos não apenas a investigação sobre um crime, mas a investigação sobre um país. De como suas raízes históricas sempre buscaram nutrientes na chacina de seus povos originários, de seus povos de pele preta, de seus povos “não brancos”.

Claiô é uma palavra de origem iatê, língua falada pelos Fulniô. Significa “não branco”. Era o termo pelo qual os indígenas se referiam ancestralmente ao território onde hoje se encontra a cidade de Garanhuns, Pernambuco, Brasil. Terra fria e alta, com profundas marcas europeias, mas com o DNA calcado na violência e no morticínio. No meio desse cenário criado por Mário Rodrigues, vencedor também do Prêmio Sesc de Literatura, a pergunta se impõe: quem matou Claiô? Ou melhor: quem tem matado o Brasil?

Características

  • Dimensões: 14x21x2
  • Páginas: 312
  • Edição: 2025
  • ISBN: 978-65-5439-317-1

Etiquetas: Garanhuns, Romance policial, Pernambuco, Indígenas