• Revista Continente #282

Revista Continente #282

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Sinopse

Continente: 25 anos de uma revista diversa e plural
Em dezembro de 1999, propus à diretoria da Companhia Editora de Pernambuco a
criação de uma revista de cultura. Para substituir o encarte Suplemento Cultural do
Diário Oficial – do qual eu era então o editor. A proposta foi aceita, mas,
mantendo-se o jornal. Preparei o projeto da nova revista, definindo para ela uma
linha editorial sintetizada no nome Continente, que traz na sua polissemia algo
mais do que a geografia: a singularidade e a pluralidade, em múltiplas confluências.
Daí o multicultural.
Um ano depois da proposta – precisamente em dezembro de 2000 – era
lançado o número zero da revista Continente Multicultural. Num momento em que
se vivia quase uma espécie de boom de boas revistas culturais no país. O assunto
principal foi uma série inédita de pinturas de João Câmara, e o número seguinte, a
admiração do cantor e compositor Caetano Veloso pela obra e as ideias de Joaquim
Nabuco. No editorial da edição inaugural escrevi que a revista era
“escancaradamente pernambucana”. Fazendo jus a uma característica da cultura
local, que é a de combinar o regionalismo e o cosmopolitismo. Algo, aliás, presente
no jogo de palavras de uma daquelas obras de Câmara: Capibaliffey, junção do
nome do rio pernambucano – Capibaribe – com o irlandês Liffey. Raciocínio similar
ocorreu ao poeta João Cabral de Melo Neto, quando afirmou que o Rio Capibaribe e
o Rio (espanhol) Guadalquivir são “da mesma maçonaria”.
Quis o Destino que, décadas depois, recebesse eu o convite para promover
uma renovação na revista que havia fundado. Coincidindo, portanto, com uma data
emblemática: um quarto de século da Continente, completado neste mês de
dezembro. O início, portanto, da celebração de 25 anos da revista. A mais longeva
entre as revistas do chamado nicho cultural, nas últimas décadas, no país. O gênero
em si mostra fôlego e permanência, desde que foi consolidado: na remota época do
Iluminismo europeu.
Ao fazer 25 anos, com quase 300 números publicados, a Continente
comprova algo simples, mas essencial: mais do que só manter-se, é importante
saber renovar-se. Por exemplo: nas multiplaformas em que atualmente é publicada:
na versão impressa e sob as formas digitais no site, no app, nas redes sociais.
Lançada no fim de um século e de um milênio de grandes transformações –
sobretudo nos âmbitos científico e tecnológico –, a revista percorreu toda uma
geração. Agora, vai rumo aos próximos 25 anos.
Embora 25 anos pareçam muito tempo para uma revista, representam
pouquíssimo para a história. “Como será o amanhã?/ Responda quem puder”,
indaga um samba dos anos 1970. Uma das respostas vem de William Strauss e Neil
Howe, no livro Generations – the history of America's future, 1584 to 2064: “This
suggests the next awakening-the next era like the late –1960s ‘Consciousness
Revolution’ – will heat up sometime in the 2050s”.

Características

  • Edição: Dez Jan Fev 2025 2026
  • ISBN: