• Revista Pernambuco #21

Revista Pernambuco #21

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Sinopse

Se a Terra é redonda, ou quase, e se lembra duma bola, nada melhor de que seja o “rei do mundo” um “negão planetário”. Incluindo no título essa última expressão tão carinhosa quanto a dos tantos que no Brasil ainda se chamam, a si, e entre si de “nêgo”, “nêga” o antropólogo Antonio Risério escreveu um livro indispensável. É o destaque desta edição, não apenas por ser sobre o seu personagem o mais alto que alcançou o “país do futebol”, no dizer de Jorge Amado, mas pela qualidade do seu pensamento intelectual.

Pelé se fosse um grego dos tempos antigos, estaria cantado nas odes de Píndaro e outros autores. Daqueles velhos fundadores da democracia aprendemos a deificar certos mortais que o poeta Castro Alves chamou de “os miseráveis grandes” – os heróis. Edson Arantes do Nascimento era um homem comum, mas a sua criatura, Pelé, não. É isto, entre outras observações ricas e originais, o que diz sobre ele o escritor israelense Ioram Melcer, que, quando criança, chegou a conhecê-lo, e, quando adulto, escreveu um perfil biográfico dele.

Pelé passou àquela condição que os jogadores de videogame hoje em dia – e os de tempos muito remotos – chamam de lenda. Tanto o histórico quanto o mítico são temas de antropologia. Há, aliás, um raro, mas interessante, ramo dedicado ao futebol.

“Pasolini bem dizia:
‘o futebol é a poesia
da bola ante os pés
do Rei Pelé’, e assim é”

Os versos de Gonzalo Ramos Aranda refletem o que ocorreu não somente ao grande poeta e cineasta, mas a tantos no mundo. Ocorreria aos gregos que entendiam a poesia com um bem-fazer as coisas, e esse bem-fazer como uma virtude. Ao virtuoso Pelé, como um músico, não poderia faltar também, porque humano, a contradição, a controvérsia. A perfeição, se ela fosse dada a um mortal, a teria exercido nos campos de futebol.

Na resenha sobre o livro de Risério e na entrevista à jornalista Danielle Romani o personagem central é, obviamente, Pelé. Mas extrapola-o. Para tratar de questões mais espinhosas, como as pautas identitárias.

Características

  • Edição: Setembro 2025
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Etiquetas: Revista Pernambuco, Pernambuco, #21, Setembro, 2025, Pelé